7 de fevereiro de 2013

Especial Turnê Literária com Samanta Holz


Olá! E mais um especial está chegando. Dessa vez vamos conhecer a querida Samanta Holz, é sua segunda entrevista aqui no blog. Então, não deixe de conferir. Vem com a gente!

Quando e como descobriu a sua paixão em escrever?

Não sei se existe um momento específico em que essa paixão tenha nascido. É mais provável que ela já estivesse em mim, e eu apenas a tivesse deixado aflorar! Talvez o fato de ter nascido no Dia Mundial do Livro tenha algo a ver... (risos)
Meu primeiro sonho relacionado à escrita nasceu quando eu tinha sete anos. Nessa época, eu era apaixonada pelos gibis do Mauricio de Souza e tinha em mente que queria ser redatora dos estúdios dele! Então, comecei a satisfazer esse sonho “produzindo” meus próprios gibis; juntava um monte de folhas sulfite, grampeava no meio, dobrava... e criava! Continuei com as historinhas até, um pouco mais tarde, fazer poemas, contos, reflexões! Sempre tinha um caderno repleto de pensamentos e rabiscos, e não é diferente, hoje em dia!

Como começou a turnê literária? Da onde venho a ideia e como se sente com
este novo projeto?

A Turnê foi idealizada pela autora Adriana Brazil e ela convidou um grupo seleto de autores, explicando a ideia. Logo no começo, ela me chamou, mas eu estava impossibilitada de aceitar o convite por algumas dificuldades pessoais. Isso foi no começo de 2012. Então, alguns meses se passaram e, em julho, a Turnê Literária foi a Curitiba e eles me convidaram para fazer uma participação especial. Eu aceitei, claro, e tivemos uma empatia tão forte, uma “química” tão deliciosa que eles perguntaram se eu desejava fazer parte do grupo. Eu já havia superado as questões que me impediam, antes, e aceitei! Ser parte da Turnê Literária proporcionou-me momentos maravilhosos. Além de me permitir conhecer autores incríveis, os quais hoje são grandes amigos, participamos em eventos de várias partes do Brasil, colhendo experiências, carinho dos leitores e espalhando o conhecimento da literatura e do nosso trabalho.

Como são esses encontros? O que acontece? E como é a recepção do publico?

A dinâmica varia conforme o lugar, o público, o tipo do evento. Já tivemos encontros em que nos apresentamos em um palco, outros em que ficamos todos na mesma sala, conversando... e até um, em Sorocaba, em que fizemos uma grande roda, o pessoal todo sentado no chão! Em todos eles, falamos dos nossos livros, respondemos às perguntas do público, tiramos foto, autografamos... e buscamos sempre fazer interação, alguma dinâmica com o pessoal presente! Acaba sempre virando uma grande festa!

Fale um pouco sobre o entrosamento do grupo. Já pensaram em escrever algo juntos?

A amizade que nasceu, ao longo dos eventos, tornou-se deliciosa! Temos um entrosamento fantástico, todos ouvimos e respeitamos a opinião um do outro e as risadas são intermináveis! Já nasceram algumas ideias de projeto em conjunto, sim, que ainda não conseguimos colocar em prática porque cada um está muito envolvido com os próprios livros. Mas um dia, quem sabe!

O que você acha da literatura nacional atualmente?

Há muitos novos autores despontando, em parte porque as editoras estão aumentando o espaço para eles e, em outra, porque o próprio público está apoiando demais. Acho isso fantástico! Em 2012, li muitos autores nacionais, alguns mais novos, outros com mais tempo de mercado e a grande maioria me surpreendeu muito positivamente. Os autores brasileiros estão com tudo e, o que é o mais importante: têm todo o apoio do público!

Sabemos que os brasileiros ainda preferem a literatura estrangeira.
Na sua opinião, por que há tanto preconceito com a literatura nacional?

Não sei se chega a ser preconceito... a grande massa dos leitores é influenciada pela mídia, que, visivelmente, valoriza os estrangeiros e incentiva o consumo desses livros. De fato, há livros estrangeiros fantásticos! Mas isso não significa que os nacionais não sejam. Como diz o
Mauricio Gomyde, “existe livro bom e livro ruim”. Não importa a origem. Mesmo assim, o público acaba consumindo com mais fervor aqueles que são mais incentivados na mídia e que têm mais destaque nas livrarias. Acredito que o fenômeno é semelhante em outras indústrias culturais, como o cinema – e é outra área em que os nacionais estão ganhando o gosto do público, por mérito da sua ótima qualidade!

Fale um pouco sobre você e seus livros.

Sou extremamente otimista! Claro que não me iludo com a ideia de que tudo sempre será um mar de rosas... acredito que tudo acontece como deve ser, desde que a gente faça a nossa parte e agarre oportunidades. Com momentos bons e ruins, pois ambos são necessários. Sou sonhadora, busco meus ideais com afinco e acredito demais em Deus!

Sobre meus livros... “O Pássaro” foi lançado em 2012 e é um romance histórico, que fala da busca pela liberdade e amor proibido! Tem muitos segredos revelados que vão entrelaçando as histórias dos personagens em uma só. Já meu segundo romance, “Quero ser Beth Levitt”, será lançado em 2013 e conta a história de uma bailarina órfã que, ao completar 18 anos, está deixando o abrigo de meninas onde passou a adolescência e, com sua inocência e seu coração puro, parte para o mundo em busca dos seus sonhos. É quando acaba “caindo de paraquedas” no mundo do cinema e encontra príncipes encantadores e bruxas horrendas...
Um trecho de “O Pássaro”

"E foi ali, onde ela menos esperaria que acontecesse, que um pedacinho do vazio em seu coração foi momentaneamente preenchido.
Chegaram à pequena cobertura onde Gerson amarrara o cavalo, e ele desamarrou o animal, com pressa. Caroline adorou o sabor da adrenalina; sentia-se tão viva, tão dona de si! Olhou para aquele horizonte mal iluminado e imaginou-se a atravessá-lo num só impulso. Teve vontade de rugir de volta para o trovão que ameaçava os humanos, subir até ele e, lá de cima, roubar sua voz para gritar ao mundo que era livre."

Deixe uma mensagem para aqueles que estão em busca de seus sonhos como escritores.

Pode parecer clichê, mas vou dizer o que digo a todos: jamais desista! A realização não acontece quando queremos, mas quando estamos prontos. Eu passei anos escrevendo sem publicar, tomando não atrás de não, até finalmente conseguir realizar o meu sonho. E quer saber? Não podia ter acontecido em melhor momento, nem acho que teria sido tão bom, se acontecesse antes. Esse sonho se realiza mais a cada dia, com novas conquistas e novos acontecimentos... e isso é maravilhoso! Sempre que vier uma dificuldade ou uma porta fechada, respire fundo, aprenda o que há para aprender, melhore o que tiver para melhorar e tente de novo. Continue criando, escrevendo, trabalhando, aprimorando-se! Tenha paciência, mas também tenha garra; pegue as oportunidades, esforce-se, faça-se merecedor. Nada acontecerá se você cruzar os braços e buscar culpados para suas dificuldades. Elas continuarão existindo; tudo o que você pode fazer é lidar com elas, aprender com elas... e vencê-las!

É isso ai. Agradeço, de coração pela entrevista. Desejo sucesso para todos e que cada vez mais a literatura nacional cresça! Que os leitores brasileiros aprendam a apreciar mais esta bela arte.

Redes sociais da autora


Até a próxima pessoal!


2 comentários:

Anônimo disse...

Olá.
Bela entrevista!
Inexperiente como todo iniciante, muito do universo autor/leitor ainda não conheço e entrevistas como essa norteiam o escritor novato sobre os caminhos que pode ou deve traçar. Extraí muita coisa boa desse bate papo.
Parabéns a Samanta e a Joice.
Abraço.
Marco Antonio Rodrigues. "Perspicácia"

Samanta Holtz disse...

Querida Joice

Muito obrigada por postar a entrevista!!! Fico feliz em fazer parte deste grupo maravilhoso que é a Turnê Literária :)

Um beijão!
Sam

 renata massa